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A Exposição Devoções do Seridó: A Tragédia como Milagre tem como base acadêmica os trabalhos que foram desenvolvidos por pesquisadores e pesquisadoras do CERES/UFRN sobre devoções não-oficiais a milagreiros e milagreiras presentes no Seridó, e o diálogo com devotos que, generosamente, nos receberam em suas casas para falar de suas devoções. Esse ano, a exposição terá uma seleção imagética dessas demonstrações de fé.

 

Milagreiro ou milagreira, para nós, são aqueles sujeitos que, de acordo com o grupo do qual faziam parte, passam a possuir poderes espirituais para a realização de milagres após sua morte. Tal título é geralmente concedido aos que sofreram mortes trágicas, como se, através de uma justificação divina, a vítima se tornasse uma intercessora e operadora de milagres.

 

Apresentamos três módulos temáticos que trarão devoções das cidades de Florânia, Caicó, Jucurutu e São Vicente, todas no Sertão Potiguar.

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Seca, infância e milagre

Sob o título “Seca, infância e milagre”, apresentamos duas devoções não-oficiais a crianças que, após a morte, foram alçadas a condição de milagreiras. Ambas se relacionam, pois trazem para o imaginário coletivo eventos que se desenvolveram em cenários semelhantes: sofrimento e morte de crianças em decorrência de suas condições de vida.

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Cemitério e devoções

No segundo módulo, intitulado “Cemitério e devoções”, tratamos das práticas devocionais que encontram na necrópole o seu espaço sagrado de culto. Aqui, o túmulo do milagreiro é o ponto alto da peregrinação que os devotos fazem, em homenagem e agradecimento pelas graças alcançadas.

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Crime e milagres

O último tema, “Crime e milagres”, aborda devoções que surgiram a partir de crimes violentos que chocaram as comunidades envolvidas. Segundo as narrativas dos devotos, os dois milagreiros que trazemos aqui eram inocentes e não mereciam a morte que tiveram. E, por isso, o local onde cada um deles morreu se tornou sagrado, recebendo anualmente a visita de muitos fiéis.

Há uma quantidade considerável de milagreiros e milagreiras no Seridó, alguns já foram pesquisados, outros não, mas devido aos recortes necessários para esta exposição, selecionamos aqueles mais bem enquadrados e relacionados com a intervenção museológica proposta. Nesse sentido, a exposição contempla alguns dos vários fenômenos dessas devoções, que estão assentadas no que entendemos como catolicismo não-oficial na região do Seridó.

A curadoria

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Seca, Infância e Milagre

Durante muitos séculos, crianças não eram vistas como sujeitos que precisavam dos cuidados que hoje lhes são devidos. Tal constatação, aliada a negligência do Estado e as condições de vida nos sertões nordestinos teve como resultado uma série de tragédias envolvendo a mortalidade infantil.

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Cemitério e Devoções

Cemitérios culturalmente têm uma aura de mistério, elemento que estimula a construção de imaginários sobre a morte e os mortos, um terreno fértil para o “nascimento” de milagreiros e que alarga as possibilidades de mescla entre o sagrado e o profano.

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Crime e Milagres

A relação entre devotos e milagreiros se dá por meio da proximidade e da fé, e não precisa necessariamente entender todos os pontos da história de vida desses últimos, mas sim que suas mortes foram cruéis ao ponto de torná-los agentes operadores de graças no plano espiritual.

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Educativo

Nessa página você encontrará alguns jogos super divertidos e interessantes, pensados com a temática dessa exposição e planejados especialmente para você fixar tudo o que viu até aqui.

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