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Seca, infância e milagre
Durante muitos séculos, crianças não eram vistas como sujeitos que precisavam dos cuidados que hoje lhes são devidos. Tal constatação, aliada a negligência do Estado e as condições de vida nos sertões nordestinos teve como resultado uma série de tragédias envolvendo a mortalidade infantil. Seja pelo fenômeno da seca, que também apresenta um caráter político, ou pela falta de políticas para o auxílio no cuidado com as crianças, o número de mortes nessa faixa etária se multiplicou por grande parte do século XX. É um cenário que pode sugerir uma relação com o surgimento de tantas devoções a crianças, ou ‘anjinhos’, como são popularmente chamados.
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